Vivemos num novo e dinâmico cenário de relações, porém, seus desdobramentos nos lembram muitos outros já vividos em nossa história, contemporânea e antiga.
Estamos cercados de diversidade, de todos os tipos, somos diferentes no gênero e na sexualidade, nas cores e formas, na maneira de pensar e no que acreditamos, enfim, somos diversos e únicos.
Dentre todas estas diferenças que carregamos em nós, são nossas crenças as que mais me chamam a atenção. E não estou falando apenas das diferentes fés religiosas, mas sim de tudo o que nos conecta às nossas verdades. É fato que todo o ser crê em algo e, por natureza, busca "defender" esta sua verdade.
Defendemos nossa fé, ou o direito de não tê-la, nosso time de futebol e partido político, nossa forma de ser e de amar... Porém, tornamos o exercício de "defender" o que é verdade, para cada um de nós, numa batalha contra a crença do outro, como se esta fosse a única forma que teríamos encontrado (ao menos para uma grande maioria das pessoas) para fazer valer àquilo no que acreditamos!
Tenho grande apreço por uma reflexão de Voltaire:
“Eu discordo do que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo.”
De reuniões de brainstorm, às mesas de bar com amigos, estamos nos tornando uns "chatos", cheios de "razão e opinião"! É preciso resgatar o valor desta diversidade, das diferentes visões, não das "posições"!
Ouvir o que o outro pensa sobre algo, ainda que a princípio sua visão lhe pareça diferente ou até contraditória, pode ser muito mais do que um exercício de "tolerância", pode se tornar um processo de aprendizado fascinante, aprendendo ora com o outro, ora pela chance de compartilhar o que você já conhece!
A dica é encontrar os elementos em comum entre sua crença e a do outro, a fim de se redescobrir o que é elemental para ambas! Mas sem julgar, ou impondo a "obrigatoriedade" de que haja um "lado certo"!
Lembre-se:
"A conquista da razão consistem em compartilhá-la." (RGiuliano)
Considere, então, que a razão não é prerrogativa para que haja aprendizado e evolução de ideias, aliás, por vezes, é o contrário. É no embate e no exercício do debate que reside as maiores descobertas.
Por isso exercite sua escuta, permita-se experimentar e redescubra o valor para sua aprendizagem e crescimento que reside na diversidade de crenças e verdades!
RGiuliano,
bucando ouvir e compartilhar, mas sempre aprendendo a SER melhor!